sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ser Mãe



Ser mãe é uma confusão. Uma mistura tão intensa de sensações e sentimentos que dificilmente quem não é entende.

Ser mãe é uma caixinha de surpresas. Toda mulher está preparada, mas não sabe. Quando chega a hora está lá, como item de fábrica.

Ser mãe é ver a barriga crescer fazendo planos. E esses são os únicos 9 meses em que você vai ter tempo para isso.

Porque ser mãe é viver um dia de cada vez, uma fralda de cada vez, uma mamada, uma soneca, manha, beicinho. Tudo de cada vez.

Ser mãe é saber que é hora de quê sem olhar no relógio. É não ver o dia passar. É saber que o mês passou só quando perguntam quanto tempo o seu filho tem.

Ser mãe é se encher de orgulho quando falam “Nossa! Que grandão!”.

Ser mãe é ser assim. Forte sem ter noção da força.

É escolher com o quê ter paciência. É descobrir uma nova mulher em si a cada dia.

É não se importar com o resto do mundo, mas chorar ao pensar em que mundo seu filho vai crescer.

Ser mãe é não pensar tanto no futuro. É ter vontade de olhar fotos antigas para ver com quem ele realmente se parece.

Ser mãe, aliás, é achar que um dia ele é a sua cara, mas no outro de seu só tem o pé.

Ser mãe é achar tudo lindo, tudo engraçado, tudo novo. É estar atenta as descobertas sem interferir muito. É aplaudir o acerto e ser firme no erro.

Ser mãe é não ter sono. Ou ter e fingir que ele não existe.

É deixar de lado a vaidade, mas se achar linda com olheiras e tudo.

Ser mãe, para a maioria, é esquecer (pelo menos um pouco) que existe estria, celulite, peito caído, salto alto, bijuteria.

Ser mãe é ser polvo. É ter quantos braços forem necessários para carregar o carrinho, a bolsa, a chupeta, o paninho, o brinquedo e o filho. Ufa...

Ser mãe é procurar selo do Inmetro, peça pequena, peça grande, estímulo.

Ser mãe é conseguir. Conseguir amamentar, deixar na escola, com a babá, deixar crescer.

É conseguir entender o choro e deixar chorar.

Ser mãe é ficar parada na beira do berço. É dizer “Deus te abençoe”. É entender que o amor existe em diversas formas, inclusive nessa, tão pura e transparente.

É não pensar mais em morte, é entender a vida.

Ser mãe é aguentar o tranco.

É sentir dor nas costas, nas pernas, nos braços. E não sentir mais nada quando um sorriso se abre, quando um choro começa ou a tosse dispara.

Ser mãe é discutir com o pediatra, é questionar o medicamento, é acreditar nas dicas da avó.

Ser mãe é renovar laços. Com si próprio, com a família, com as tradições.

Ser mãe é ter e ouvir os instintos. É ser leoa, ave de rapina. É ser desconfiada como a raposa e ágil como a lebre.

Ser mãe é ser filha também. É mais aprender do que ensinar e mais ensinar do que aprender.

Ser mãe é conviver. É deixar que convivam. É aproveitar cada fase do filho e de ser mãe.

É cortar as asas e é deixar que voe.

É correr pro abraço, esquecer o cansaço e trocar a fralda, preparar o banho, a mamadeira e escolher a roupa, tudo ao mesmo tempo.

Ser mãe é estar completa.

É ter o coração quente, os olhos cheios de lágrimas, os braços cheios de força e a cabeça repleta de idéias e preocupações.

Ser mãe é ter sempre um filho a mais: o marido.

É entender o começo de tudo. É procurar explicações bem no fundo.

É suspirar. É concordar discordando.

É, desde o exame positivo, nunca mais estar sozinha, e mesmo sozinha, ter em quem pensar. É estar perto mesmo longe.

Ser mãe é seguir em frente.

É não deixar que o tempo pare e é achar que passa rápido demais.

Ser mãe é ser mãe.

Sempre.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Meu parto

Boa tarde

Um tempinho que não publico nada, acabo descobrindo tantos blogs legais e fico lendo e participando que quando vou ver o tempo que tinha para escrever algo já passou.

Hoje vou contar um pouquinho, deixar registrado aqui um pouco sobre como foi o parto.

No dia 17 de agosto de 2011 meu marido acordou cedinho para trabalhar, se arrumou, deu-me um beijinho de despedida e saiu...dia frio acabei ficando na cama para dormir mais um pouquinho. Mas nesse dia algo estava diferente, acabei não dormindo e percebi que estava com corrimento. Fui até o banheiro dar uma analisada e realmente era, mas pensei que pudesse ter sido xixi, é as grávidas as vezes acontece esse tipo de vazamento não é mesmo? Voltei para a cama e toda vez que tentava fazer força ou me mexia o corrimento voltava, então deduzi, é a bolsa que estourou.
Fiquei apavorada?? De forma alguma, liguei para o Flávio (maridão), e falei: estás preparado para ser pai?? Foi onde entendeu que eu estava anunciando que a nossa filha estava chegando. Ele conta que ficou todo nervoso e saiu correndo do serviço, pegou o carro e veio em direção a nossa casa. E eu?? Bom como não estava sentindo dores nem nada fui tomar banho, me preparar pelo que ainda estava por vir. Ainda bem que como toda mãe que se preze já havia deixado prontinha a mala do bebê, só faltava ajustar a minha, tomei banho, dei mais uma geral na mala da maternidade.
E saímos, rumo à Floripa para a maternidade. Bom, chegando lá fiz a consulta, o exame de toque e estava com 1cm... esperei mais um pouco e estava com 3cm, o médico decidiu me deixar internada pois achou que estava bem acelerado.
Infelizmente não foi tão rápido assim, colocaram o tal sorinho (ocitocina) e isso passei o dia inteirinho na maternidade, passava horas e horas e não sentia  nada (ainda). Tomava banho para relaxar, ouvia gritos de outras mulheres, bebês nascendo, dilatação não aumentava.... e a Maria Luiza nadica de querer sair. Até pensava neh, nossa elas gritam tanto, que escandalosas..... mas claro até então não havia chegado no estágio que elas já se encontravam.
Meu marido contou as bolsas de soro, foram 4 e realmente foi bem estressante, bem cansativo e BEM DOLORIDO.

Sempre em minha gestação optei pelo parto normal, li muito sobre o assunto e com os meses de gestação fui me preparando.

Apesar de minha decisão, não foi o que aconteceu. Senti dores fortes, cheguei a ter os 10cm, sério, bem sério, mas minha filha não nascia....Passei tanto tempo nas dores, foram 23h:45min, nessa agonia para chegar no final e ter que ser cesária....Durante aquela semana eu me sentia triste com o episódio, pois foi bem sofrido e na hora não conseguia nem chorar de tanta dor que senti, mas depois em casa só em lembrar eu chorava demais.
Ele nasceu no dia seguinte, 18 de agosto as 08h:15min.

Mas graças a Deus minha filha nasceu bem, super linda e saudável, isso é o mais importante neh gente, e a mamãe também ficou bem e teve uma recuperação tranquila.

Para se ter uma ideia que familiares e amigos ficaram tanto na espera que quando desci para o quarto, fomos de elevador, eu na maca, minha filha em minhas pernas e acabou que o elevador é bem na entrada da maternidade, todos eles ficaram maravilhados em nos ver, nunca vi tanta gente conhecida assim e bateram palmas e tudo, não tem preço isso neh.

Beijos a todos.